D. Joaquim preside a missa de 117 Anos da Capela Santa Cruz
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                                                                      Festa de Exaltação à Santa Cruz 2006

Texto: Oswaldo dos Santos Araujo
Fotos: Claudia Baracat
 
 

Neste 14/09/2006, foi comemorado os 117 anos da Capela Santa Cruz com missa presidida por dom Joaquim Justino Carreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Sâo Paulo da Região Santana e também pelo Pe Ildefonso Salvadego, pároco da N.S.Salette, paróquia a qual pertence a capela. A capela serviu como primeira casa paroquial da Paróquia Santana, quando ainda não fora construida a matriz de Santana. Na missa foi homenageada a Ir Laura Etelvina, que nos anos 80 liderou a restauração da Capela Santa Cruz, antes disso a capela ficou muitos anos fechada e sem uso. Ao fim da celebração diversas pessoas contaram sobre o trabalho da religiosa e foi bento e fixado um quadro em sua homenagem na sala do coro da capela.

 

A missa teve como primeira leitura 1 Nm 21, 4b-9, o Salmo 78 (77) e na segunda leitura Fl 2, 6-11 e no evangelho Jo 3,13-17

Na homilia D. Joaquim destacou que era muito bom estarmos celebrando a eucaristia. Ele também destacou que a padroeira de uma igreja é o modelo de fé para aqueles que ali participam. Ele disse que a cruz é tudo aquilo de que fugimos, mas é também o que nos salva. E ressaltou que é na cruz se revela o amor de Deus por nós e lembrou "quem quiser me seguir pegue a sua cruz e siga-me"

Ele disse que na primeira leitura quando os judeus estavam no deserto, e eles começaram a murmurar contra Deus, sem reconhecer que eles estavam no deserto e dependiam totalmente de Deus. E Deus, quando permitiu que as cobras os picassem e pediu para Moisés colocar a serpente no alto e e disse que quem olhasse para ela se salvaria, queria na verdade que eles olhassem para o céu, que tivessem fé, se obrigassem a ver que a vida tinha mais horizontes, e reconhecer a Deus como Deus. O bidpo concluiu daí que "para nos salvar precisamos olhar para além de nós mesmos"
 

 
 

Ele contou que Jesus não tinha sossego, ajudava a todos, só fazia o bem, e cumpria o que pregava: renunciar a si mesmo, ele se fez um de nós, se humilhou, se fez homem como nós.

O bispo também falou sobre a segunda leitura lembrando que a comunidade dos Filipenses era muito amada pelo apóstolo Paulo e que era um comunidade cheia de fé, mas onde todos queriam ser chefes. E concluiu que nós precisamos ser humildes, pois Jesus se fez humilde. A resposta para isto está no evangelho, que é uma continuação de uma longa conversa que Jesus tem com Nicodemos, que acreditava em Jesus, mas que não podia seguir Jesus por causa de seus cargos. O bispo lembrou que é neste contexto que Jesus diz à Nicodemos que ele deve nascer de novo, que ele precisa nascer do céu. E ele questiona, e o que é isto, senão o nosso batismo, onde morremos e nos tornamos homens novos. O batismo vem da cruz, quando Jesus é varado e de lá saem sangue e água: a eucaristia e o batismo. Por isto, nós devemos, onde estivermos no mundo, colocar Jesus na nossa vida. E acrescenta: na cruz Jesus carrega nosso corpo, nossos pecados...e ressalta que o que Jesus disse,  que dá a sua vida, ninguém a tira e é nisto que vemos como e quando Jesus nos ama.

O bispo disse também que ninguém deve fugir do seu sofrimento, pois assim fazendo iremos sofrer ainda mais e faremos os outros sofrerem também. Devemos viver como Jesus, com alegria quando a temos e enfrentarmos os problemas quando eles vierem.  Ele lembrou que quem quiser ganhar a sua vida, perca-a, lembrou que não devemos fazer algo somente por interesse e ressaltou que aquele que dá a sua vida sem cobrar nada em troca, este é salvo.

Ele disse que quando as coisas vão mau devemos fazer como o bom ladrão, que diante da dificuldade disse: Senhor olhe por mim. E concluiu que todos os dias de minha vida eu posso ficar xingando e reclamando ou podemos enfrentar os problemas ajudando os outros e nos deixando ser ajudados por Deus.

No fim da homilia dom Joaquim falou que a Irmã Laura fundou o Movimento de Valorização Humana e que ela enfrentou muitos problemas e destacou se ela está recebendo uma homenagem depois de  14 anos do seu falecimento é sinal que o seu trabalho ainda está dando frutos. E pediu que todos nós sejamos como ela.
 

  Homenagem à irmã Laura Etelvina - O Eng. João Bosco porta o
quadro que pintou em sua homenagem.

Ao fim da celebração houveram alguns testemunhos sobre o trabalho da Ir Laura, o Sr. João Bosco, coordenador da capela, disse que a ir Laura, com a ajuda do Colégio Santana, da Igreja, dos padres da Salette e com muitos outros "Cirineus" recuperaram a Capela e também fundou o Movimento de Valorização Humana. O Sr. Giuseppe contou que a Ir Laura o resgatou há mais de 34 anos atrás. Ele disse que ele muitas vezes só ia no movimento, principalmente nos dias de frio e chuva, porque ele sabia que ela iria. O Sr. José Mendonça também falou sobre a irmã e seu trabalho. A irmã Maria Luiza teve como professora a Ir Laura e depois foi "vizinha" de quarto e testemunhou que a irmã ficava até altas horas revisando o assunto que iria falar no dia seguinte e também que ela tinha um profundo espírto de oração, ela dizia que oração tinha hora de começar, mas não tinha hora de terminar. O bispo também a conhecia quando ela foi certa vez a Jundiaí.

Após os testemunho o bispo abençoou o quadro com a imagem da Ir. Laura e em procissão os fiéis levaram a imagem para fixar na sala memorial, que fica no coro da capela, na parte superior.

A comunidade ainda realizou uma confraternização na parte externa da capela.

Galeria de Fotos. Clique nas fotos para vê-las maiores:
 
 

 
  Foto da esquerda tomada por Luiz da Silva Netto e a da direita tomada por Celia de Jesus Luciano, a foto do Padre Landell pertence ao acervo da Família Landell de Moura e a foto da direita abaixo é de autoria de Luiz Netto.
 
Celia de Jesus Luciano - da Associação Servos do Cristo Redentor  de Araraquara faz uma visita à Capela de Santa Cruz
Luiz da Silva Netto, estudioso da vida e obra do Padre Roberto Landell de Moura - (1861-1928) - Inventor do Rádio - Pároco da Capela de Santa Cruz entre 1898 e 1900 faz uma visita à capela.
http://www.landelldemoura.qsl.br/
(Tributo ao inventor do Rádio - Padre Roberto Landell de Moura)
 
 
 
  Na galeria dos homenageados na Capela de Santa Cruz, dois nomes
tem seus quadros no mesanino da Capela: A irmã Laura Etelvina e
o padre Roberto Landell de Moura - Inventor do Rádio
 
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